A energia solar fotovoltaica tem se desenvolvido a níveis sem precedentes em todo o mundo. Ultrapassou as expectativas de muitos e superou as apostas de especialistas, apresentando uma capacidade instalada além do que se esperava.

Com esse crescimento, algumas preocupações são levantadas. Uma delas é o impacto da energia solar em uma análise de todo o seu ciclo de vida. Outra, de certa forma complementar à primeira, é o fim da vida dos equipamentos de um sistema fotovoltaico. Ao final de 2016, a estimativa é que o fluxo acumulado de resíduos da indústria solar tenha chegado a 43 500-250 000 toneladas. Isso representa 0,1%-0,6% da massa acumulada de todos os paineis instalados atualmente (4 milhões de toneladas).

Considerando que a média de vida útil de um painel solar é 30 anos, quantidades de resíduos anuais são esperadas para o começo da década de 2030. Para 2050, espera-se que o número de equipamentos desativados seja quase que equivalente ao de novos produtos instalados.

Lidar com o resíduo fotovoltaico será um desafio, mas também abre caminho para novas oportunidades de mercado, além de uma iniciativa interessante ao perfil sustentável que os países devem seguir em sua economia nos próximos anos.

CICLO DE VIDA DE UM SISTEMA FOTOVOLTAICO

A análise de ciclo de vida é uma ferramenta que analisa os impactos ambientais causados por um produto ao longo de sua vida útil (e mesmo depois!). Ou seja, envolve a quantidade de material e energia demandada pelo produto e a emissão de poluentes e resíduos durante os estágios de uso. Essa análise vai desde a extração de matéria-prima até o manejo do fim de vida do produto, como reciclagem ou reuso.